PERFORMUS21 – Apresentações Artísticas

APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS

PROGRAMAS

        APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA 1

        APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA 2

        APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA 3

        APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA 4

        APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA 5

        APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA 6

Trombone e Piano Brasileiros

Fábio Carmo Plácido (fcsantos@uea.edu.br)
Universidade do Estado do Amazonas

Filipe dos Santos Alexandrino (alexandrino.piano@gmail.com)
Universidade do Estado do Amazonas

O recital “Trombone e Piano Brasileiros” tem como objetivo divulgar o processo colaborativo entre trombone e piano. Com ênfase no repertório brasileiro e a fim contribuir com a propagação do repertório erudito-popular para os instrumentos em questão, os autores pretendem que a produção do conteúdo artístico ocorra através de uma verdadeira colaboração entre eles, primando por uma fusão entre o instrumento de teclas e o instrumento de metal, a fim de desconstruir a figura do pianista acompanhador ou correpetidor, em prol da construção da figura do pianista enquanto artista colaborador, buscando, deste modo, fomentar uma mudança de paradigma no fazer musical camerístico do século XXI.

Introdução e/ao Desafio (1988)

E. Villani- Côrtes (1930)

Gizelle (1983)

José Ursicino da Silva “Duda” (1935)

Duo Invenções

Antonio Carlos Guimarães (acguima@ufsj.edu.br)
Universidade Federal de São João del Rei

Isabele Alves (isabelealvesguimaraes@gmail.com)

O Duo Invenções vem produzindo durante a pandemia um repertório específico para veiculação em plataformas digitais. Optamos por obras de curta duração para facilitar a escuta em qualquer momento da vida cotidiana e exploramos a intermidialidade nos nossos vídeos. Isto vem ao encontro da temática do Congresso uma vez que o produto artístico final se adequa ao hábito atual do ouvinte de vivenciar música através de aparelhos portáteis durante os afazeres do cotidiano. O repertório é escolhido, adaptado ou arranjado para flauta e violoncelo pelo próprio Duo. As Invenções para cravo do compositor J. S. Bach se adaptam naturalmente à formação do Duo, mas proporcionam uma escuta diferente devido aos timbres e recursos expressivos da flauta e do violoncelo. O repertório de música brasileira, tanto o choro quanto o repertório de música nacionalista de concerto para o piano, vem também se mostrando bastante adaptável para a formação. O choro nos dá a possibilidade de criarmos um baixo e pequenos improvisos através das cifras. Neste repertório apresentado a única obra escrita especificamente para flauta e violoncelo é a Serenata de Raul Dávila.

Lua Branca* (1912)

Chiquinha Gonzaga (1847-1935)

Prelúdio para uma árvore caída *(1989)

Altino Pimenta (1921-2003)

Invenção Nº1 em dó maior* (1723)

Invenção Nº4 em ré menor* (1723)

Invenção Nº9 em fá menor* (1723)

Invenção Nº13 em sol menor* (1723)

J. S. Bach (1685 – 1750)

Serenata (2020)

Raul Dávila (1961 – )

Carinhoso* (c.1917)

Pixinguinha (1897-1973)

*Obras transcritas e arranjadas para flauta e violoncelo pelo Duo Invenções


Estilos ponteado e misto no repertório de cordas dedilhadas
do século XVI e XVII

Dagma Cibele Eid (dagma.eid@unesp.br)
UNESP

O repertório faz referência à evolução técnico-musical dos instrumentos de cordas dedilhadas e o contato do intérprete e do público com réplicas dos instrumentos originais. No século XVI, o estilo ponteado (dedilhado) era o ideal para dar conta da música caracterizada pelo contraponto e o entrelaçamento de vozes, presente nas fantasias e diferencias para vihuela. No fim do século XVI, uma nova consciência musical baseada na harmonia e no uso de acordes simples, em vez da complexidade da música do Renascimento dá origem à técnica instrumental do rasgueado (golpes para cima e para baixo nas cordas da guitarra). A maioria dos livros de guitarra barroca contém música no estilo misto, que combina a técnica do rasgueado com a técnica do ponteado, cujos efeitos idiomáticos influenciam diretamente na escolha do instrumento antigo para a interpretação deste repertório.

Fantasia de consonancias y redobles

Luis Milán (c. 1500-1561)

Diferencias sobre Guardame las Vacas

Luys de Narváez (1490-1547)

Fantasia para desenbolver las manos

Alonso Mudarra (1510-1580)

Marionas

Santiago de Murcia (1673-1739)

Preludio e Ciaconna

Francesco Corbetta (1615-1681)

        Instrumentos utilizados:
        Vihuela e Guitarra Barroca

Ciaccone de Bach – Diálogos entre passado e presente

Mariana Costa Gomes (cgmarianacg@gmail.com)
UNESP

Uma parte considerável do repertório para viola, anterior ao período Romântico, constitui-se de transcrições. As Suites (para violoncelo solo) e as Sonatas e Partitas (para violino solo) de J. S. Bach incluem-se nesta categoria de peças transcritas. A Ciaccone, da Partita II, é pouco tocada na viola, apesar de funcionar tecnicamente e musicalmente neste instrumento. Dentre algumas das propostas de Daniel Leech-Wilkinson, em Challenging Performance (2020), para que haja novos caminhos para a performance da música clássica ocidental, o pesquisador sugeriu inspirar-se em performances históricas. Na gravação realizada busquei elementos da performance histórica e fiz adaptações para a viola moderna; algumas nuances de som tiveram como referência a sonoridade produzida pelo arco barroco, mas sem querer fazer uma cópia literal de certos efeitos, uma vez que utilizei arco moderno e cordas de metal. Busquei tocar os acordes de forma arredondada e delicada, diferentemente de algumas interpretações estilisticamente românticas que existiram no passado, em que os acordes soavam abruptos. Do ponto de vista do estilo interpretativo, há uma hibridização entre a performance historicamente informada e a moderna, que também lida com a persuasão, mas a partir de retóricas diferentes. Essa intersecção produz diálogo entre passado e presente.

Ciaccone (1723)

J. S. Bach (1695-1750)

Mudanças de intenção na métrica musical por meio de
superimposição rítmica com ênfase na bateria

Eduardo Cabrera Nali (edu.nali@gmail.com)
UFRN

Com base nas práticas interpretativas focadas na performance musical do século XXI a proposta da apresentação artística aqui reportada visa demonstrar a aplicação de superimposição rítmica, com ênfase na bateria, utilizando recursos como a sobreposição de quiálteras a partir de um pulso constante. Nesse contexto apresentam-se duas obras compostas pelos intérpretes envolvidos no processo. Na primeira, destacam-se as polirritmias criadas a partir da sobreposição rítmica de “4 contra 5”, baseadas nas notas executadas pela melodia principal, enfatizadas através dos padrões rítmicos realizados na bateria. Na segunda música, enfatizam-se algumas possibilidades de superimposição rítmica realizadas durante os interlúdios entre os temas e os improvisos, pontuados ainda por um solo de bateria construído a partir desses conceitos. Estas obras serviram como um embrião que culminou na pesquisa de mestrado em andamento realizada no PPGMUS/UFRN. Tal pesquisa analisa, com base nas claves de alguns dos ritmos afro-brasileiros, a utilização de diferentes estratégias de manipulação das estruturas rítmicas musicais aplicadas aos ritmos brasileiros na bateria. Por fim, tais práticas buscam refletir sobre o papel do intérprete nos possíveis caminhos para a performance musical no contexto do século XXI.

*Projeto de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Música (mestrado) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Linha de pesquisa 2: Processos e dimensões da produção artística.

Brother (2018)

Eduardo Nali (1985)

Manquez (2017)

Richard Metairon (1986)

Emiliano Sampaio (convidado)

Guitarrista, trombonista, arranjador e compositor, Emiliano estudou música no Brasil e vive desde de 2012 na Áustria, onde fez seu doutorado na Universidade de Graz. Emiliano já lançou onze álbuns como bandleader junto ao seu trio, seu noneto e sua própria big band e sua música já foi tocada em importantes clubes e festivais de jazz no Brasil, Europa e Austrália como Savassi Jazz festival (Brasil), Most und Jazz (Áustria), Bayerisches Jazz Weekend (Alemanha), Mikulassky Jayyovy Festival (Eslovaquia), Session Works Fest (Áustria), Lamantin Jazz Fest (Hungria), Perth Jazz Fest (Austrália), etc.

Como compositor e instrumentista, Emiliano recebeu diversos prêmios como “Comp Graz Composition Contest” e diversos “Downbeat Student Awards” nas categorias “Best Jazz Guitar Player”, “Best Blues/Pop Guitar Player”, “Best Arranger”, “Best Composer for Large Ensemble”.  Seus últimos dois discos ganharam quatro estrelas e entraram para a lista melhores discos de 2017 da revista Downbeat. 

Como regente, arranjador e compositor, já trabalhou com diversos artistas de renome como HR Frankfurt Radio Big Band, Metropole Orkest (Holanda), JazzKombinat (Hamburg), Lungau Big Band (Salzburg), Fette Hupe (Hannover), Big Band Copenhagen, HRT Croatian Radio Band, Regensburg University Jazz Orchestra, Badi Assad, Dominguinhos, Quarteto de Trombones de Campinas, Orquestra Esperimental da Ufscar, Soundscape Big Band, etc.

Naked Tree

Emiliano Sampaio

For Astor

Emiliano Sampaio


Mulheres compositoras para violão:
Repertório barroco e brasileiro do séc. XX

Thaís Nascimento Oliveira (thaismusica.nascimento@gmail.com)
UFRGS

A apresentação artística intitulada Mulheres Compositoras para Violão: repertório barroco e brasileiro do séc. XX apresenta obras de Anne or Marguerite Bocquet (França, ?-1660), a Mlle Bocquet, compositora alaudista com obras transcritas para violão e gravadas por Annette Kruisbrink (2009), e de Clarisse Leite (São Paulo, 1917-2003), importante compositora, pianista e professora com a obra para violão Suíte Imperial publicada em 1976 pela Musicália. O mini-concerto é parte do repertório de mestrado da violonista proponente Thaís Nascimento, considerando a construção de performances integradas à pesquisa em andamento sobre mulheres compositoras para violão, elencando um panorama com diversidade histórico-estilística a partir de reflexões sobre música e gênero na universidade. A temática tem tido produção crescente no século XXI através de pesquisas que levantam e difundem repertórios e trajetórias de intérpretes e/ou compositores(as) ainda silenciadas(os), discutindo as relações de gênero e interseccionalidades inerentes às práticas musicais. Nossa proposta visa contribuir para um caminho da performance musical no século atual que interligue pesquisa, construção de performances e inclusão da diversidade pela emergência da temática, entendendo que o repertório impacta no imaginário social muitas vezes reproduzindo um cânone de compositores que ainda excluir a produção de mulheres.

Prélude, Allemande, Sarabande e Gigue

Mlle Bocquet (França, ?-1660)

Suíte Imperial

I. Sinhá moça chorou

II. Minha rêde e meu violão

III. Senzala (batuque)

Clarisse Leite (São Paulo, 1917-2003)

Obras inéditas para instrumentos de percussão brasileira
no contexto da música de concerto

Vitor Lyra Biagioni (vlyra95@gmail.com)
Universidade Federal de Uberlândia

Leonardo Souza Pedro (leo_percussao@discente.ufg.br)
Universidade Federal de Goiás

Trata-se da estreia de obras escritas para instrumentos de percussão brasileira vinculadas às nossas pesquisas de graduação (Leonardo) e mestrado (Vitor). As duas pesquisas têm como um dos objetivos estudar e estimular a composição e performance utilizando instrumentos de percussão tradicionais da música popular brasileira no contexto da música de concerto contemporânea. Sept para pandeiro brasileiro solo foi composta no ano de 2021 tendo como foco a exploração tímbrica através da utilização de técnicas estendidas que enriquecem o colorido sonoro da obra como, por exemplo, percutir e girar as platinelas e raspagem das unhas na pele do pandeiro. Cambucá foi escrita em 2021 pelo compositor e percussionista Cesar Traldi a pedido do percussionista Leonardo Souza Pedro e trata-se de uma obra eletroacústica mista com suporte fixo para um setup de percussão múltipla brasileira e sons eletroacústicos. O setup utilizado foi elaborado pelo intérprete dentro do seu trabalho de TCC e proposto para o compositor. Divertimento para percussão múltipla brasileira e pandeiro é um dueto escrito pelos compositores e também intérpretes onde uniram o setup de percussão múltipla brasileira, já citado, e o pandeiro brasileiro, trabalhando com elementos derivados de ritmos tradicionais brasileiros e seções de improvisação.

Sept (2021) *estreia

Vitor Lyra Biagioni (1995-)

Intérprete: Vitor Lyra Biagioni

Cambucá (2021) *estreia

Cesar Traldi (1983-)

Intérprete: Leonardo Souza Pedro

Divertimento para percussão múltipla brasileira e pandeiro (2021) *estreia

Leonardo Souza Pedro (1994-) e Vitor Lyra Biagioni (1995-)

Intérpretes: Leonardo Souza Pedro e Vitor Lyra Biagioni


Prole do Bebê n.1:
Sonoridade e Imaginação na obra para piano de Heitor Villa-Lobos

Dr. Vicente Della Tonia, Jr. (vdellatonia@gsu.edu)
Georgia State University

Esta performance faz parte de um projeto onde investigo a utilização de recursos técnico-interpretativos na obra para piano de Heitor Villa-Lobos. Após o trabalho publicado em minha tese de Doutorado intitulada H. Villa-Lobos’ Concerto para piano e orquestra n. 4: a stylistic analysis nesta ocasião, apresento em mini-concerto, a Prole do Bebê n. 1. A pesquisa inclui também um estudo de edições publicadas no Brasil, França e Estados Unidos. Composta em 1917-8, (primeira fase de produção), a Prole do Bebê n. 1 contem oito peças que recriam o mundo colorido da criança através de seus brinquedos. Cada obra representa uma boneca diferente, onde Villa-Lobos retrata não somente o material que a compõe, mas também a pluralidade de etnicidades encontrada no Brasil. Utilizando efeitos sonoros típicos de sua escrita, bem como processos únicos como “ziguezague” e em “preto e branco,” a Prole do Bebê n. 1 em sua execução requer um controle refinado de sonoridade, balanço de texturas variadas, uma vasta gama de recursos técnico-interpretativos, além de muita imaginação.

Prole do Bebê No.1 (1918)

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

Branquinha – A boneca de louça (Petite blanche – La poupée de biscuit)
Moreninha – A boneca de massa (Petite brune – La poupée de papier maché)
Caboclinha – A boneca de barro (Petite indigène du Brésil – La poupée en argile)
Mulatinha – A boneca de borracha (Petite mulatresse – La poupée de caoutchouc)
Negrinha – A boneca de pau (Petite Negresse – La poupée en bois)
A Pobrezinha – A boneca de trapo (Petite pauvre – La poupée de chiffons)
O Polichinelo – Le polichinel
A Bruxa – A boneca de pano (Sorcière – La poupée de drap)

Dialogando com métricas ímpares em performance ao vivo

Thiago Camargo Rojo Silva (thiagorojo@gmail.com)
UFRN

Nicholas Saliby Trio é formado por Nicholas Saliby (Guitarra e composições), Jorge da Silva (Baixo) e Thiago Rojo (Bateria). Três das quatro músicas presentes neste concerto foram gravadas no álbum Três Pontos, 1 Plano lançado em CD e streaming, nas principais plataformas digitais no ano de 2017. As músicas selecionadas para este concerto possuem relação com métricas ímpares, as quais estão relacionadas com a temática da pesquisa de mestrado em andamento, intitulada A música em compasso ímpar: Nenê e seu processo de estilização dos tradicionais ritmos brasileiros. Realcino Lima Filho “Nenê” acompanhou algumas apresentações do grupo e demonstrava admiração pela originalidade das composições e “maneira” de executá-las.

*Projeto de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Música (mestrado), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Linha de pesquisa 2: Processos e dimensões da produção artística.

Imigrantes (2012)

Nicholas Saliby (1988)

Singular (2013)

Nicholas Saliby (1988)

Quirón (2015)

Nicholas Saliby (1988)

Circo dos Loucos (2017)

Nicholas Saliby (1988)

Bruno Mangueira (convidado)

Natural de Vitória (ES), Bruno Mangueira é guitarrista, violonista, compositor, arranjador, educador e pesquisador. É doutor em Música pela UNICAMP, com pós-doutorado no Queens College / City University of New York. É professor do Departamento de Música da UnB, onde coordena o Laboratório de Guitarra e Música Popular. Apresentou-se e gravou com Zizi Possi, Leila Pinheiro, Toninho Horta, Nelson Ayres e Filó Machado. Atuou como solista, compositor e arranjador junto a orquestras sinfônicas e big bands, no Brasil e Estados Unidos. Lançou 5 CDs como solista, sendo dois deles produzidos nos EUA, em parcerias com os pianistas Phil DeGreg e Otmaro Ruiz. Lecionou na Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP Tom Jobim) e ministrou oficinas no Brasil e em universidades norte-americanas. Em agosto de 2020, lançou o curso online Violão Brasileiro.

Neste concerto, gravado ao vivo no University of Louisville Jazz Festival 2014, Bruno se apresenta como solista e arranjador do choro “Naquele tempo”, de Pixinguinha e Benedito Lacerda. O trabalho foi resultado de “doutorado-sanduíche” realizado em 2011, na University of Cincinnati (EUA), como bolsista da Capes (Processo BEX 3668/10-0).

Naquele Tempo

Pixinguinha & Benedito Lacerda

Bruno Mangueira, guitarra

Kimcherie Lloyd, direção e regência, University Symphony Orchestra

*Gravado em 27 de fevereiro de 2014. Margaret Comstock Concert Hall,
University of Louisville School of Music Louisville, Estados Unidos.
Áudio: Brad Ritchie / Vídeo: Jake Daniels. Ano da composição: c. 1917
(sob o título original, “Triangular”). Compositores: Pixinguinha
(Alfredo da Rocha Vianna Filho, 1897–1973) e Benedito Lacerda (1903– 1958).
Arranjador: Bruno Mangueira (1978).


Música brasileira para flauta em câmara

Patrícia Cristhina Alonso Machado (paty_flute@hotmail.com)
UNESP

Mônica Picaço (movioloncelo@gmail.com)
USP

Este mini-concerto é na íntegra realizado por Flauta e Violoncelo com obras dos compositores brasileiros Heitor Villa-Lobos e Osvaldo Lacerda. A abertura será realizada com as Bachianas Brasileiras nº6 de Villa-Lobos para flauta e fagote, com adaptação para violoncelo. Em continuidade, Improviso para flauta solo de Osvaldo Lacerda, e para finalizar, Assobio a Jato também composta por Villa-Lobos. O critério do repertório deu-se pela formação composta e que se enquadrasse na música brasileira. A opção em adaptar uma das peças ocorreu como uma oportunidade para se explorar um novo repertório, combinando diferentes sonoridades, timbres e desafios propostos da versão original. A peça solo foi escolhida para dar variedade de compositor e gênero ao programa. Assobio a Jato, um clássico para a formação musical proposta, encerra a performance.

Bachianas Brasileiras nº6 (1938)

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

Improviso para flauta solo (1974)

Osvaldo Lacerda (1927-2011)

Assobio a Jato (1950)

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

Novos caminhos para a performance da bateria
através da interação com sons eletroacústicos

Sílvia Patrícia Calixto de Lira Sant’ Ana (spatriciascl@gmail.com)
UFRN

No contexto da música contemporânea, faz-se necessário pensar em novas formas de performance através da exploração de novas sonoridades. Neste mini-concerto são apresentadas duas obras para bateria e sons eletroacústicos e uma para caixa-clara e sons eletroacústicos. Gravidade Zero proporciona liberdade interpretativa ao baterista, então foi criada uma performance envolvendo exploração tímbrica do instrumento para aproximação sonora com os sons eletroacústicos. Em Post-Lightened, destaca-se o uso extensivo dos aros do tom e surdo, além da presença de polirritmias e grande variação de dinâmicas dentro das seções. Por fim, em Buttonwood, a caixa é tocada de uma forma não-convencional. Nesta obra, a pele inferior, na qual a esteira é conectada, passa a ser utilizada como superfície de execução. Junto a isso, o performer utiliza apenas a baqueta em uma das mãos (ora em um formato mais tradicional, ora não) e os dedos da mão livre para extrair sonoridades específicas da esteira.

Gravidade Zero (2020)

Cesar Traldi (1983 – )

Post-Lightened (2018)

Alexis Lamb (1993 – )

Buttonwood (2016)

Evan Chapman (1991 – )


Três obras brasileiras para violoncelo solo

Isabele Alves (isabelealvesguimaraes@gmail.com)

*Projeto de Música do Coinj do Tribunal de Justiça de Minas Gerais

As três obras Brasileiras para violoncelo solo que constam neste vídeo foram gravadas por dois motivos: primeiro para veicular o repertório brasileiro para violoncelo solo e segundo para motivar meus alunos de violoncelo no projeto de Música da Coinj do Tribunal de Justiça de MG, através da escuta das mesmas, durante a pandemia. Desta forma, optei por mesclar as obras musicais com elementos de outras mídias como imagens e textos. A primeira obra, À Deriva, de Marisa Resende, sugere a imprevisibilidade de seu título na alternância de tempo e caráter de seus gestos musicais. A segunda obra, Preambulum, de Almeida Prado, foi composta para o violoncelista Antonio Meneses para ser executada antes da Suite Nº 3 em dó maior de J. S. Bach. A última obra do programa, Meloritmias, de Ernani Aguiar, é composta em três movimentos e apresenta elementos da música brasileira.

À Deriva (2009)

Marisa Rezende (1944-)

Preambulum (2005)

Almeida Prado (1943-2010)

Meloritmias (2008)

I – Prelúdio

II – Quase Serenata

III – Choro

Ernani Aguiar (1950-)

Folguedos Imaginarius

Ricardo Vieira da Costa (ricardovieira.mus@gmail.com)
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Felipe Gomes de Freitas (felipeclarinete@hotmail.com)
Universidade Federal da Bahia

Taiê é uma obra mista para clarinete, eletroacústica e vídeo com espacialização sonora imersiva composta a partir de uma tradução poética da experiência pessoal do compositor Ricardo Vieira com uma manifestação da cultura popular de Sergipe-Brasil. Produto artístico de seu projeto de pesquisa artística em composição, em que estuda processos de intervenção e produção de subjetividade em poéticas sonoras e audiovisuais. As Taieiras é um folguedo formado exclusivamente por meninas ligadas à vertente nagô do candomblé e que saem em cortejo pelas ruas da cidade de Laranjeiras-SE em saudação aos santos católicos São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. O compositor busca expressão poética no ponto mais significativo da manifestação e que marca a tensão de um pacto social secular representado pelo ápice do sincretismo religioso, em que o padre retira a coroa da Nossa Senhora e leva até a rainha das Taieiras. A obra é interpretada pelo clarinetista brasileiro Felipe Freitas cuja performance se construiu paralelamente à composição audiovisual, marcando assim, o caráter indissociável da relação som-imagem no conceito contemporâneo de vídeo-música.

Taiê (2021)

Ricardo Vieira

Intérprete: Felipe Gomes de Freitas

Exploração tímbrica, gestual e a interação
com sons eletroacústicos nas obras
Momentos #1 e Reflexos #1 de Cesar Traldi

Cesar Adriano Traldi (ctraldi@ufu.br)
Universidade Federal de Uberlândia

Mariana Aparecida Mendes (mendes.mari7@gmail.com)
Universidade Federal de Uberlândia

Momentos #1 é um dueto escrito em 2019 pelo percussionista e compositor Cesar Traldi para percussão múltipla e piano. A obra é formada por seções (momentos) onde são empregadas diferentes técnicas interpretativas, possibilitando grande variedade tímbrica. Reflexos #1 foi escrita em dezembro de 2020 e é dedicada para a pianista Mariana Mendes. A composição teve como fonte de inspiração o Trabalho de Conclusão de Curso da intérprete, intitulado: Játékok I: o gesto na exploração de uma obra didática do século XX, sob orientação da Profa. Dra. Flávia Botelho, apresentado no Curso de Graduação em Música da UFU. Trata-se de uma obra eletroacústica mista onde os sons eletroacústicos funcionam como expansão das sonoridades do piano e também como sons de um instrumento virtual tocado e controlado pela intérprete através de gestos. Na performance apresentada no PERFORMUS’21 foram utilizados efeitos para valorizar ainda mais o contexto visual da obra. A exploração tímbrica, gestual e a interação com sons eletroacústicos são alguns dos principais desafios interpretativos da performance musical no século XXI. Assim, através dessa apresentação artística os autores apresentam um pouco da pesquisa em performance musical com novas tecnologias que desenvolvem no programa de pós-graduação em música da UFU.

Momentos #1 (2019) – para percussão múltipla e piano

Cesar Traldi (1983-)

Intérpretes: Cesar Traldi e Mariana Mendes

Reflexos #1 (2020) – para piano, gestos e tape  *estreia

Cesar Traldi (1983-)

Intérprete: Mariana Mendes

Fausto Borém (convidado)

Professor Titular da UFMG, onde criou a Pós-Graduação strictu sensu em Música e a revista acadêmica Per Musi (Qualis A1 na CAPES e indexada no SciELO). Como solista, tem representado o Brasil nos principais eventos internacionais do contrabaixo acústico desde a década de 1990 (Berlim, Paris, Londres, Edimburgo, Avignon e principais universidades de música nos EUA), nos quais apresenta suas composições, arranjos e transcrições. É pesquisador do CNPq desde 1994. Criou o método interdisciplinar mAAVm (Método de Análise de Áudios e Vídeos de Música) com suas diversas ferramentas de análise integrando música a outras disciplinas. Publicou dezenas de artigos sobre práticas de performance das músicas erudita e popular, no Brasil e no exterior. Como contrabaixista, acompanhou músicos eruditos como Yo-Yo Ma, Midori, Menahen Pressler, Yoel Levi, Fábio Mechetti e Arnaldo Cohen, e músicos populares como Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Henry Mancini, Bill Mays, Grupo UAKTI, Toninho Horta e Tavinho Moura. Foi contrabaixista em 5 CDs com a Orquestra Barroca do Festival Internacional de Juiz de Fora (2005 a 2009; incluindo o Prêmio Diapason D’or do Brasil). Revelou dados musicológicos e analíticos do compositor-contrabaixista Lino José Nunes (1789-1847) e sua obra, incluindo a restauração das Lições do Método para Contrabaixo (1838, o segundo na história do instrumento) e suas modinhas imperiais. Publicou artigos seminais sobre figuras da música popular brasileira como Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Elis Regina, Pixinguinha, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Raphael Rabelo, K-Ximbinho, Vitor Assis Brasil e Grupo Uakti. Recebeu prêmios no Brasil e nos Estados Unidos como solista no contrabaixo, compositor, pedagogo e analista musical.

Ondas (1993)

Sônia Ray

Sônia Ray escreveu “Ondas”, para contrabaixo sem acompanhamento, em 1993. Passados quase 30 anos de sua composição, a contrabaixista, compositora e pesquisadora me autorizou a realizar um arranjo da obra que explorasse seus potenciais  de performance, por meio da ampliação (1) da linguagem idiomática do contrabaixo, (2) da tessitura de seus registros grave e agudo, (3)  do nível de dificuldade da obra e, (4) da variedade de timbres, com o objetivo de para enfatizar uma dramatização das emoções de tristeza e raiva, em função dos impactos gerados pela pandemia da COVID-19. Essa versão de “Ondas” foi estreada na 2021 Online International Society of Bassists Convention, realizada virtualmente na University of Nebraska, USA, de 8 a 12 de junho, 2021.

Renata Pompêo do Amaral (convidada)

UNESP – Instituto de Artes

TRANCELIM

Trancelim apresenta cinco cantigas do repertório tradicional do Tambor de Mina, gênero afro religioso tradicional do Maranhão, que se distingue do Candomblé baiano, do Xangô pernambucano, do Batuque sulino e outras por apresentar um repertório próprio de cantos, danças, instrumentos, comidas e procedimentos rituais, além de cultuar divindades como os voduns reais do antigo Dahomé e fidalgos de diversas regiões
européias. Esse programa se relaciona com a pesquisa de doutorado atualmente em curso, que tem como foco a música do Tambor de Mina do Maranhão e propõe diálogos artísticos com esse repertório, propondo elementos idiomáticos para a performance desse e outros gêneros relacionados e experimentando possibilidades harmônicas e rítmicas ligadas às suas claves e percursos melódicos. Essa pesquisa é orientada pela Professora Dra. Sonia Ray.

Cobrinha Verde, Cabocla de Pena, Marinheiro, Mãe D´Água

(Tradicionais, cantados na Tenda São José – Pirapemas, MA e Casa Fanti Ashanti – São Luís, MA – autor e ano indeterminados)

Doutrina para Oxalá

(Tradicional, cantada na Casa Fanti Ashanti São Luís, MA – autor e ano indeterminados)

Coletivo Ponto br: Alabê Henrique Menezes: voz e percussão, Éder “O” Rocha: bateria, Mestre Ribinha de Maracanã: voz e percussão, Mestra Zezé de Yemanjá: voz e percussão, Mestre Walter França: voz e percussão, Thomas Rohrer: rabeca e saxofones


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COORDENAÇÃO GERAL

Cesar Traldi, UFU

COMISSÃO EXECUTIVA

Sonia Ray, UFG
Marcos Nogueira, UFRJ
Ricardo Freire, UnB
Cesar Traldi, UFU
Alfredo Faria Zaine, UNESP
Daniele Briguente, UNESP

COORDENAÇÃO CIENTÍFICA

Antônio Rafael Carvalho dos Santos, UNICAMP

COORDENAÇÃO ARTÍSTICA

Cleber Campos, UFRN

Para mais informações, esclarecimentos e dúvidas em geral, entre em contato com:

secretariabrapem@gmail.com